Eu sei que não deve ser muito legal ler por imagens, principalmente com os garranchos e etc, mas ou é assim, ou não é. :(









Pronto! Cumprí minha missão!
O blog psicodélico do momento!
Essa noite eu sonhei que saia do mar num dia quente e percebi que todas pessoas na praia olhavam paralisadas para o sul.
Quando me virei pra olhar, senti que o meu sangue fugiu do meu rosto e as minhas pernas perderam força de me manter de pé.
Caí ajoelhado na areia olhando para o primeiro tornado que eu já tinha visto na vida e provavelmente o último. Ele estava tão longe, que parecia imóvel e era tão colossal que as nuvens ao redor dele se comportavam como espuma de sabão descendo pelo ralo.
Como fugir de um troço desse?
Eu só pensava em reunir a minha família e rumar para o centro-oeste o mais rápido possível. Algo daquele tamanho devastaria com muita facilidade boa parte do continente. Estar o mais longe possível do mar era a única forma que eu encontrei de ter alguma chance de não realizar de forma tão pouco desejável o desejo humano de voar.
Quando acordei desse sonho, contei sobre ele pra várias pessoas e ficamos conversando sobre como os tornados funcionam. Até eu perceber que isso também era um sonho e acordar no sofá com a minha namorada.
Levantei para lavar o rosto e percebi que as paredes do banheiro eram todas de vidro. Lembrei que a última vez que eu tinha entrado com banheiro público com paredes de vidro era pq eu estava sonhando. Fiquei na dúvida. Era tudo tão nítido, será que eu estava sonhando mesmo?
A dúvida desapareceu quando lembrei que na verdade eu não tenho namorada. Eu nem sequer sabia o nome dessa garota com quem eu estava.
Voltei correndo para o sofá na esperança de curtir um pouco da companhia dela antes que eu acordasse. Quando cheguei, ela ainda estava sonolenta e me perguntou pq eu estava tão estranho. Eu disse que estava tudo bem. Eu não queria que ela desconfiasse que era só um personagem do sonho de alguém. Naquele momento eu a fiz sentir como a mulher mais importante do meu mundo. E ela era mesmo.
Até que a minha euforia me acelerou o coração e eu acabei acordando pra esse mundo de onde eu ainda não acordei.
Pois bem, continuando… depois de chegar na minha rua, vê-la repleta de rampas pra saltar, ter a brilhante idéia de saltar, ir direto com a cara na parede de cimento da rampa à frente, eu desejei tão forte que aquilo não estivesse mais acontecendo, que no momento seguinte eu me vi em outro lugar, me materializando sobre a passarela do condomínio que eu morei por mais de 20 anos.
É como se eu fosse uma fumaça adquirindo forma e peso. Quase não deu tempo de achar meu ponto de equilíbrio até o momento em que meus pés tocaram o chão.
Olhei em volta para os 4 pequenos prédios do condomínio e eles continuavam iguais, as mesmas caixinhas de gesso verde e beje de 8 andares parecendo anõezinhos rechuchudos de sempre, mas quando eu olhei acima deles vi algo que me fez finalmente perder o equilíbrio e cair de bunda no chão:
Um prédio enorme, parado, firme, como se tivesse sido construído sobre um poderoso alicerce, só que no ar, a quilômertros do chão, bem acima do bando de aves que voava sem pressa. Olhei em volta e ele não era o único, haviam pelo menos 3 nas redondezas, espalhados desordenadamente.
Cada um deles construídos sobre um bloco com um 4 enormes tambores na posição vertical, um em cada uma das 4 extremindades, revestidos com tijolos, ou qualquer material que combinasse com a decoração do prédio.
Não sei se aquilo já estava ali antes e eu não tinha percebido ou se surgiu naquela hora, mas bem na minha frente tinha uma espécie de cabine de cimento. Na entrada, uma placa dizendo “Bem Vindo à Terra Leve – Venha nos visitar”.
Saindo dessa cabine e indo até o prédio flutuante mais próximo, havia uma corda que servia como meio de se chegar até lá. Era só subir em uma plataformazinha pra 5 pessoas e ir puxando a corda, que estava acoplada a ela, até chegar no prédio.
De repente, como se eu me lembrasse de algo que eu nunca tinha visto, fiquei sabendo que o conteúdo daqueles tambores é que sustentava o prédio no alto. Era uma substância que os cientistas tinham apelidado de Terra Leve, por ser formada por um tipo de matéria que reagem da forma inversa a certas propriedades da matéria. Se normalmente na natureza a matéria atrai matéria, essa repelia.
Tinha sido descoberta por acaso durante alguns experimentos realizados em um super acelerador de partícula na Europa e agora estava sendo usada em todas as áreas das atividades humanas:transporte (veíclos flutuantes menores e mais eficientes que aviões), na moradia (imaginaquanto espaço se ganha quando se pode muito mais quilômetros cúbicos pra construir) e entretenimento (nem preciso dizer, né?).
Nem me pergunte como eu fiquei sabendo disso só de bater a bunda no chão.
Só sei que fiquei olhando praquilo tudo dividido entre a minha vontade de ir até lá em cima conhecer a tal da Terra Leve e o medo de estar em um lugar tão longe do chão sem nenhum apoio visível a olho nu.
Eu queria muito subir, mas e se aquilo parasse de flutuar bem na minha vez de visitar? e se eu comessasse a cair como todas as coisas feitas de tijolo que eu conhecia até então? Será que os cientista sabiam tudo o que precisavam saber sobre isso? Será que tinham feito todas as experiências necessárias pra segurança? será… será…
Muitas perguntas pra um cara que tinha acabado de jogar o próprio carro em cima de uma rampa de cimento sem pestanejar, não?
Fiquei ali paralizado até acordar. Mas não acordar pro mundo dos acordados que nós conhecemos e compartilhamos, mas sim pra dentro de um outro sonho… que conto no meu próximo post ;-)
Olá, caros apreciadores da psicodelia onírica, estou de volta, finalmente, depois de uma longa crise de criatividade literária. Sabe quanto você não consegue se sentir satisfeito com um paragrafo e volta pra reescrevê-lo tantas vezes que chega a pegar raiva do texto que estava tentando escrever? Pois é, era assim que eu estava me sentindo. Mas já passou e cá estou eu pra compartilhar com vocês mais um pouquinho da minha insanidade.
Tenho certeza que naquela madrugada eu tive mais desses sonhos bizarros, mas por mais esforço que eu fizesse pra desenterrar da minha memória, a primeira lembrança ainda era eu estar voltando pra casa de carro de manhã, mas não era a casa em que eu moro hoje, e sim o condonínio que eu morei até uns 2 anos atrás, não sei porque ainda continuo sonhando com aquele lugar, e a rua estava cheia de rampas, parecidas com rampas de salto de motocross, só que esculpidas no próprio asfalto.
Sem pensar, acelerei o carro na direção de uma delas. A adrenalina ia invadindo as minhas veias enquanto o berro do motor ia ficando mais e mais agudo,.Até que veio o tranco, o salto, o breve momento em que tudo parecia não ter peso algum e finalmente a queda.
Mas ainda no ar, percebi que estava indo com o nariz do carro direto pra parede íngrime de uma rampa projetada pra quem vinha na direção oposta. Quem foi o imbecil que projetou duas rampas uma de frente pra outra?! – não dava nem tempo de pensar nisso, eu tinha uma fração de segundos pra sair da rota de colisão.
Assim que o carro chegou o chão, em meio a todos aqueles sons de suspensão e lataria batendo desordenadamente dando a impressão que estava tudo se partindo em pedaço, eu virei o volante com toda a minha força para a direita.
A traseira do carro então se levantou e comecei a tombar por cima da rampa. A minha janela estava indo direto pra quina da rampa em alta velocidade. Se antes era o nariz do carro que estava pra ser espatifado, agora era o meu próprio nariz que estava na reta.
Não dava tempo de fazer mais nada, apertei os olhos com força, já arrependido de ter sido tão inconscequente, desejando que aquilo tudo não estivesse acontecendo, até que…
Continua no meu próximo post….
Olá, pessoal! Sou o mais novo por aqui. Gostei tanto da idéia do blog, que nem pensei duas vezes antes de aceitar o convite da Kamy de participar desse espaço onírico psicodélico. Valeu, Kamy =)
Mas vamos aos sonhos, né? Lá vai o dessa noite:
Não lembro direito porque, mas a ocasião envolvia muita gente. Carros entrando e saindo, pessoas festejando, pessoas tensas, o frio da noite quase incomodava, os carros quase atropelavam os pedestres no pátio, quando alguém veio pra mim e me entregou um pinto.
Não, minha gente, não era um sonho erótico homossexual, se tratava de um filhote de galinha, amarelinho, frágil e bem pequeno. A mulher que acabara de me entregá-lo recomentou, com aquele ar de diretora de escola rabugenta: ”Toma muito cuidado, táá, com ele… ele precisa urgente de um lugar pra morar, senão vai morrer de stress, tááá?”… E saiu de perto, desaparecendo na multidão e me deixando lá, perplexo, com o pinto na mão, tentando assimilar o quanto minha vida tinha acabado de mudar com aquele novo compromisso.
Me perguntei se ele estava mesmo vivo, já que não se mexia na minha mão, e nesse momento, como se ele pudesse ouvir meus pensamentos, ele mexeu milimetricamente uma das asinhas, fazendo cócega na minha mão e deu um piado tão fino que parecia o som desses brinquedos de apertar de bebê . Foi como se eu tivesse acordado pra minha nova missão: levá-lo em segurança pra minha casa. Mas tinha uma multidão entre nós e o lugar onde eu tinha deixado meu carro.
Não pensei mais, abriguei o animalzinho entre minhas mãos unidas em forma de concha, trouxe-o pra perto do meu corpo e saí correndo em disparada pela multidão, abrindo espaço por meio de ombradas, cotoveladas e pedidos de licensa apavorados, sempre olhando se o pintinho estava bem, sem me preocupar com as pessoas que eu derrubava no processo. Ele precisava mais de mim do que qualquer outro ser vivo naquele momento.
A cada passo ele ficava mais tenso. Tremia, piava, respirava com dificuldade, até que eu finalmente cheguei no meu carro. Consegui abrir a porta com facilidade, apesar de ter que tomar cuidado pra ele não pular pra fora da minha mão enquanto se contorcia.
O difícil foi conseguir dirigircom uma mão pra manejar o volante e trocar de marcha e um cotovelo pra segurar o volante nquanto mudo de marcha. Não podia ir muito rápido porque a capacidade de manobra estava comprometida e ao memso tmepo não podia ir muito de vagar poque ele não tinha muito tempo. Sorte que era noite e não havia quase nenhum carro na rua.
Quando finalmente cheguei, não era a casa que eu moro hoje, mas o apartamento que eu morava até o ano retrasado, vai saber por que. Estacionei o carro de qualquer jeito, depois de acalmá-lo eu poderia pensar em voltar ao estacionamento e fazer a coisa direito, mas não naquele momento. A prioridade era fazê-lo se sentir em casa.
Mas a cada passo da minha corrida do local onde eu estacionei até a entrada do meu apartamento, por entre as passarelas que circulavam o estacionamento e davam acesso a cada um dos 4 prédios, ele ficava mais longe de se acalmar. Quando eu estava na escadaria que dava aacesso ao meu prédio, olhei pra ele em minhas mãos e o pobrezinho já estava com o bico completamente aberto, tremendo desespertado.
Quando cheguei na porta de vidro, a porta de entrada do meu prédio, apenas a alguns passos da porta do meu apartamento, que ficava no térreo mesmo, ele começou a girar em alta velocidade na minha mão. Ele girava tão rápido, que só dava pra ver um borrão amarelo.””Não! Não! Não! Aguenta firme, aguenta firme!”
Mas era tarde demais. Ele parou de rodar e tinha se transformado em um pequeno punhado de lã amarela emaranhada na palma da minha mão. Sem piado, sem o som do atrito das penas na minha pele… nada… só a batida violenta do meu coração, que socava revoltado as paredes da minha caixa toráxica, e a minha respiração ofegante.
Coloquei o emaranhado de lã no chão, na esperança dle se transformar na pequena ave novamente, mas não adiantou. Ele só se mexeu com a lufada de vento frio que apareceu por um instante pra me consolar e continuou imóvel.
Levantei tristee me apoiei na porta de vidro. Aquilo não podia ter acontecido. Faltava muito pouco pra chegar em casa! Muito pouco. Mas logo a voz da minha consciência apareceu e disse que eu tinha feito o meu possível pra salvá-lo. Eu respondi que não poderia me contentar com isso e ela me disse que o importante é fazer escolhas com as quais eu posso conviver.