05/07/2009

A cirurgia

Hey People!!
Pros leitores do blog que não me conhecem, sou Jamila Carvalho, ou Jamy, e fui auto-convidada pra postar aqui também. Tomara que eu consiga passar isso com pelo menos metade da maestria com que a Kamy e o Fabiano já o fazem!

Pois bem, o sonho de hoje foi mais ou menos o seguinte:

Sonhei que enfrentaria um dos piores dos meus medos: uma cirurgia. Eu teria um filho, nem desconfio quem seria o pai, parecia até que eu era aquelas contratadas pra ser barriga de aluguel, sabe?
Tudo começou com uma viagem aos lençóis maranhenses (que era um lugar que eu realmente estaria hoje, não fosse um empecilho). Eu nunca fui, mas no sonho, parecia que eu conhecia cada pedacinho do lugar. Entrava numa gruta, mais parecida com a Ilha de Monte-Cristo, do livro. Tinha um rapaz lá, não era conhecido. Só conseguia ver do ombro pra baixo, tinha uma sombra que protegia a sua identidade, mas eu tentava chegar perto e ele me dizia: "Jamila, se você chegar, você perde o seu filho!"
Eu lembro de um aperto muito grande no peito e me afastei, e o cara não me seguiu nem me gritou, mas na hora que eu olhei pra trás, eu vi seus olhos. Fiquei com medo e fui correndo procurar alguém que pudesse me ajudar.
Não tinha mais ninguém, já não era mais nos lençóis que eu estava, nem mesmo na minha cidade. Estava em São Luís e entrava em um hospital. O médico era um ex-professor meu, que segurava na minha mão e dizia que estava tudo bem.
Teve uma hora que eu podia me ver, como se fosse uma câmera escondida em algum canto daquele quarto amarelo. Eu já estava no bom e velho hospital que eu me internava quando ficava doente, na infância.
De uma hora pra outra, não tinha mais filho, nem barriga, nem sensação estranha de ter a vida completamente mudada nenhuma, mas ainda tinha a bendita da cirurgia pra fazer.
Mas é um medo tão grande, mas tão grande, que nem nos meus sonhos, eu permito que isso aconteça. Não me conformo, no último minuto nada acontece, parece que minha cabeça fica segurando até eu me acordar e constatar que tá tudo bem!
Eu lembro bem que dizia: "mas pelo menos, as pessoas que se operam, tem o filho do lado pra consolar. Eu vou operar, só pra operar. Só pra não morrer."
Chegou de novo o meu professor, trazendo um monte de gente, e quando eu digo um monte de gente, é um monte de gente meeeeesmo! Muita gente ficou só olhando, mas uns 10 ainda foram lá me apalpar... :o
Mesmo com o medo que eu tava, ainda perguntei por onde ele iria me operar. Ele disse que seriam dois cortes profundos e pretos na parte interna da coxa, pegou o pincelzinho e riscou o lugar. Nessa hora, todo mundo milagrosamente se virou pro outro lado e eu saí correndo. Gritei de lá de fora, com aquela roupinha de hospital azul, que mais parece um tnt que enrolam a gente, que era pra ele operar a Vó dele, em mim, ninguém triscava.
Jamy, tal e qual Kamy, desconfia que tem pobrema...
Porque depois que sai do hospital, entrei pra dentro duma selva.

Eu prometo nunca mais tomar Guaraná da Amazônia antes de dormir, de novo!

Um comentário:

  1. Caraaaaaaamba, que sonho do mal!!!

    Garota esperta... eu também sairia a mil por hora assim que as pessoas virassem... hehehe

    Adorei.. tensão total! Uh! :D

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